domingo, outubro 24, 2010

O Brasil da banca de peixe

Bibiane Pinheiro tem uma banca de peixe à beira do rio Pantanal, em Corumbá, Mato Grosso do Sul. Acha que Lula foi bom para a vida dos brasileiros mas está preocupada com os problemas que a natureza tem trazido.



Tem esta banca no Porto Geral, de onde quase se avista a vizinha Bolívia, desde o ano 2000. Só trabalha com peixe fresco, mas vende “do peixe nobre até ao peixe mais simples”.

Os dois mandatos do Presidente Lula, diz, “foram muito bons para o Brasil e para os brasileiros”, mas a vida em Corumbá é dura e a venda de peixe é cada vez mais difícil.

“Há cinco anos atrás havia muita fartura de peixe. De há dois anos para cá tivemos um problema com a natureza e há cada vez menos quantidade. O custo da pesca está muito mais alto. O peixe chega muito caro ao consumidor”, explica.

Ainda assim, acrescenta, nem tudo é novo. “Para nós aqui no Mato Grosso do Sul, que é, como se diz, o fim do mundo, na fronteira com a Bolívia, tudo é mais caro. O óleo é mais caro, a gasolina é mais cara, os alimentos chegam aqui caríssimos. O custo de vida é muito alto”, acrescenta.

Hoje o barbado e a piranha custam dez reais o quilo (4,60 euros), o pintado, a dourada e o pacu, que são peixes nobres, custam 15 (6,90 euros).

Viver do que vende à população de Corumbá, cerca de 100 mil pessoas, é muito difícil: “Também vendemos peixe à população, mas quem consome mais são os turistas, eles é que nos ajudam”, diz.

Lula coordenou um Governo “muito bom para o país”, fez “diminuir muito o custo de vida dos brasileiros” mas o próximo Presidente, defende, “tem que olhar pela segurança e pela saúde do Brasil”.

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