
Tem 24 anos e as mãos tão peganhentas que faz lembrar um garoto de cinco.
“A cerveja é a minha vida e a rua é a minha vida e a música punk é a minha vida”, diz.
Tem gestos descoordenados, de menino que não sabe que tamanho tem um seu corpo. Ri-se à gargalhada ininterruptamente.

A sua vida cabe numa mochila com um saco-cama, cerveja e cigarros e num telemóvel com leitor de mp3. O resto é o mundo.
“Tenho amigos. Vivo com inúmeros e faço outros, os que passam”, sorri.
Na Alexanderplatz, em Berlim, Artur recebe os turistas de sorriso largo e cerveja em riste.
Aos que retribuem, arrisca pedir uma cerveja. O gesto vale o convite para se sentar na sua cama, o convívio com os seus amigos, pastilhas elásticas, cigarros, marijuana e mais cerveja.
Na verdade, não importa o que se trouxe. Importa que se chegou. O que houver divide-se pelos que estão.
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