domingo, outubro 24, 2010

À espera de que Dilma seja a cabeça e Lula o pescoço

Jacson Garrett da Costa é publicitário. Hoje está à beira do rio Paraguai à espera do barco para ir pescar e fala de um Brasil que recomeçou pelas mãos de um Presidente que “mudou o conceito de falso primeiro mundo”.

O empresário está hospedado na pensão do maior restaurante do à pequena comunidade Porto da Manga, em Corumbá, junto à fronteira com a Bolívia, no Estado do Mato Grosso do Sul.

Até 2007, quando o programa “Luz para todos”, do Governo, permitiu às cerca de 40 famílias aqui residentes terem acesso a energia elétrica, era aqui que estava o único gerador do bairro.

Hoje a calma do curso do rio mantém-se e diz bem com a calma das pessoas que vivem à volta dele, mas é fácil perceber que a vida mudou. Hoje já não se usa lanternas no Porto da Manga.

Agora há sempre água fresca em casa. Também por isso, diz Jacson, “com Lula houve um recomeço”. Talvez não para o seu negócio, “porque a corrupção é muito boa para o meio publicitário”, mas para o Brasil, “que é hoje visto com outros olhos pelo mundo inteiro. Lula pensou no recomeço do Brasil. A história mostrou que as principais propostas dele – combater a fome e olhar para os países emergentes do nível do Brasil – estavam certas. Ele mudou o conceito de falso primeiro mundo”, argumentou.

Jacson sente que Lula percebeu que “primeiro era preciso dar o pão aos brasileiros”: “Acho era preciso combater um problema real no Brasil: a fome, a miséria, que hoje estão a acabar. O avanço é grande nesse campo”, diz.

“Hoje o Brasil já não é só conhecido lá fora pelas bundas das meninas das escolas de samba. Já é conhecido porque é um país confiante e Lula tornou-se uma pessoa respeitada no mundo”.

Gosta de Dilma Rousseff, a candidata que Lula apresentou ao país: “Dilma é um período novo. Acredito que ela é um pouco diferente de Lula, que sempre foi, no contexto local, revolucionário. Diria que Dilma é uma marxista moderna”, afirmou.

O publicitário vê “verdade na imagem da candidata do Partido dos Trabalhadores” e confia no trabalho que ela será capaz de fazer. Tem, no entanto, uma esperança: “Que Dilma seja a cabeça e que Lula seja o pescoço”.

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