A sala do edifício entre as curvas de séculos a debruçarem-se sobre o rio tinha umas 100 pessoas viradas para o Tejo, a ouvir autarcas e arquitectos.
Os cacilhenses estão desde 1999 à espera de um plano de pormenor que lhes arrume a terra.
Parece que agora é que vai e, garante a mão do desenho, “a freguesia será a porta da cidade”.
Diz que vai ser por este lado do rio que Almada vai sorrir a quem chega, que é por aqui que se entra.
Na terceira fila, uns caracóis brancos a tocar nos ombros de um casaco grosso. Uma mulher que é daqui levantou-se para falar.
Primeiro não precisava de microfone, que a voz do coração faz eco e ouve-se bem.
Mas depois, “façam o que quiserem a Cacilhas mas não nos levem o moinho”.
A senhora que nunca se virou para as filas de trás esticava o braço, apontando as saias da sua infância.
“Sou do tempo em que ao lado do moinho havia uma cabra. Eu dei pedaços de jornal àquela cabra ao lado do moinho. E ela comeu”.
Parece que para a cabra já não há remédio, que se foi de madura, mas o moinho de quando aqueles caracóis eram loiros ficou prometido.
Os cacilhenses estão desde 1999 à espera de um plano de pormenor que lhes arrume a terra.
Parece que agora é que vai e, garante a mão do desenho, “a freguesia será a porta da cidade”.
Diz que vai ser por este lado do rio que Almada vai sorrir a quem chega, que é por aqui que se entra.
Na terceira fila, uns caracóis brancos a tocar nos ombros de um casaco grosso. Uma mulher que é daqui levantou-se para falar.
Primeiro não precisava de microfone, que a voz do coração faz eco e ouve-se bem.
Mas depois, “façam o que quiserem a Cacilhas mas não nos levem o moinho”.
A senhora que nunca se virou para as filas de trás esticava o braço, apontando as saias da sua infância.
“Sou do tempo em que ao lado do moinho havia uma cabra. Eu dei pedaços de jornal àquela cabra ao lado do moinho. E ela comeu”.
Parece que para a cabra já não há remédio, que se foi de madura, mas o moinho de quando aqueles caracóis eram loiros ficou prometido.
2 comentários:
Olá menina azul!
Como sempre encantam-me os frescos que retratam a humanidade nos seus traços mais frágeis... Lindos!
Beijinhos
Menina azul,
Encantam-me os teus "frescos"... apanhas os traços mais frágeis ou mais fortes da nossa pequena/grande humanidade...
Beijinhos!
Enviar um comentário